Roth, a Isabella e a vantagem

Antes do início do Campeonato Brasileiro, numa entrevista coletiva, o Celso Roth, técnico do Grêmio, deu um puxão de orelhas na imprensa nacional, que (não com essas palavras) tava se esbaldando com o caso Isabella, quando tantas outras crianças também morrem diariamente no Brasil.

Ganhou mais um pouco da minha admiração, que sou um dos poucos que sempre gostou e demonstrou apoio a ele (apesar de ele ter algumas características que eu não gosto).

Hoje, na coletiva do final do jogo Grêmio 3x0 Atlético-PR, quando perguntado se o Roger poderia tirar vantagem no Gre-nal pra provocar os adversários por causa da habilidade que ele tem (e por causa de uma discussão no jogo de hoje que quase deu pancadaria), ele ganhou ainda mais pontos comigo como pessoa.

Não lembro das palavras exatas, mas disse algo como "nunca tirar vantagem dessa maneira", "nunca iria orientar alguém a agir dessa forma", "em nenhuma profissão esse tipo de conduta deveria ser incentivado", "infelizmente no Brasil ainda tem essa cultura de tirar vantagem sempre que possível, e a gente ainda não chegou no fundo do poço, mas quando a gente chegar lá, vai perceber o tremendo potencial que a gente têm e as coisas vão mudar".

Falou uma coisa que eu acho um elemento-chave pra que a gente possa diminuir os problemas da humanidade: em relação à atitude das pessoas. Mas ainda vou me aproFUNDAR nisso bem mais adiante, quando tiver discorrido sobre outras coisas.